São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Fiesp avalia que faltas atingiram 20%
DA REPORTAGEM LOCAL Cerca de 20% dos operários das fábricas instaladas no Estado de São Paulo não foram trabalhar ontem.Esta é a avaliação da Fiesp (Federação das Indústrias no Estado de São Paulo). Segundo o presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, o único setor realmente afetado foi o das montadoras instaladas na região do ABCD (Grande São Paulo). Segundo a entidade, não funcionaram ontem as fábricas das principais indústrias automobilísticas localizadas na região do ABC, como a da Ford, Toyota e Volkswagen. O setor industrial da Mercedes-Benz parou, mas na área administrativa o trabalho foi normal. Outras unidades industriais operaram sem maiores problemas, como as fábricas de São José dos Campos da General Motors, de Taubaté da Volks e de Betim (MG) da Fiat, de acordo com a Fiesp. Para Moreira Ferreira, uma parcela dos 20% que não foram trabalhar não pode ir ao local do emprego por causa da paralisação do metrô e da redução do número de ônibus em circulação. Algumas empresas, como a Siemens e a Lorenzetti, fizeram acordo com os empregados e vão compensar a paralisação de ontem em outro dia. As federações do comércio e dos bancos não divulgaram dados sobre ausência dos trabalhadores. A Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) não recebeu informação de que alguma agência tenha ficado fechada. O movimento foi fraco na maioria das agências porque muitos clientes anteciparam quinta-feira pagamentos e saques. O movimento no comércio foi menor do que o usual. Houve queda de 15% a 20% nas vendas, de acordo com Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Szajman disse que o número de comerciários que faltou foi muito pequeno. Não forneceu dados. No início do dia, o movimento dos negócios foi fraco, mas recuperou-se no decorrer do dia como mostram os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e do consumo de energia no Estado. Às 12h, as consultas ao SPC tinham caído 20% em relação a anteontem; às 16h, a queda era de 9,3%, segundo Emílio Alfieri, da Associação Comercial. A Cesp (Centrais Elétricas de São Paulo), por sua vez, registrou às 9 horas da manhã uma redução de 5% no consumo de energia em comparação com a média das sextas-feiras. Mais tarde, essa taxa passou a 3% de queda, disse Mauro Arce, diretor de geração e transmissão de energia da empresa. Texto Anterior: Fracassa greve geral contra desemprego Próximo Texto: Villares cria "feriado" para evitar conflitos Índice |
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