São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996 |
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Ato reúne 130 em Washington
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A passeata foi organizada pela AFL-CIO, a maior central de trabalhadores dos EUA, que tem cerca de 13 milhões de associados. Entre os oradores estava Randall Robinson, presidente da entidade TransAfrica e um dos mais respeitados líderes de organizações não-governamentais dos EUA. Robinson, que teve importante papel nas campanhas contra o apartheid na África do Sul e o governo militar do Haiti, comparou o Brasil àqueles países. "Eu quer prevenir o governo brasileiro: não brinque com o movimento sindical internacional. Os trabalhadores no Brasil merecem dignidade, salário mínimo decente, jornada de trabalho de 40 horas semanais, aposentadoria digna." A analogia com a África do Sul também foi usada pelo sindicalista Josh Williams: "Quero que o embaixador brasileiro ouça isso: se ele tem dúvida sobre o destino de governos que têm políticas injustas com os trabalhadores, que atravesse a rua e pergunte ao seu colega sul-africano o que aconteceu lá." A Embaixada da África do Sul fica quase em frente à do Brasil. Depois de uma hora de palavras de ordem em inglês, espanhol e português com sotaque e de muito barulho de chocalhos, dois representantes levaram uma carta do presidente da AFL-CIO, John Sweeney, ao presidente Fernando Henrique Cardoso e a entregaram ao ministro-conselheiro da embaixada, Antonino Gonçalves. Texto Anterior: Ato da CUT no ABC fracassa Próximo Texto: União deve continuar Índice |
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