São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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São Paulo vive dia como se fosse feriado

DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo viveu ontem em clima de "feriadão": pouca gente e pouco trânsito.
Nas zonas leste, sul e central, muitas lojas não abriram as portas. O movimento nas que funcionaram foi fraco.
Na região do parque Dom Pedro (centro), a presença de pedestres e veículos foi muito inferior à que se verifica nos dias de semana.
Às 12h30 de ontem, as empresas de ônibus anunciavam que 80% da frota estava nas ruas -com poucos passageiros.
Piquetes
A ação dos piquetes, comandada pelo sindicato dos condutores, não conseguiu deter a saída dos ônibus das garagens.
O horário mais crítico ocorreu durante a madrugada, entre 3h e 4h, quando circularam 293 ônibus, ou 12% dos 2.518 previstos.
Muitas empresas pediram a proteção da PM, e algumas obrigaram seus empregados a assinar um "termo de compromisso" de comparecimento ao trabalho.
Na garagem Penha2, no Itaim Paulista (zona leste). Apesar dos soldados da PM, o presidente do sindicato dos condutores, José Alves do Couto Filho, o "Toré", tinha conseguido, por meio de conversas, manter na garagem 198 ônibus.
A expectativa de que a greve geral afetaria o transporte coletivo da cidade durou apenas até as 6h no largo 13 de Maio, em Santo Amaro (zona sul).
A partir dessa hora, apareceram ônibus em número suficiente para evitar qualquer aglomeração.
Metrô
No horário de maior movimento, às 7h, o metrô esteve fechado -só começou a funcionar às 8h15 no ramal Paulista.
As três linhas do metrô só começaram a operar em toda a sua extensão às 14h50. A Companhia do Metrô informou que o movimento era comparável ao dos domingos.
Trânsito
O trânsito na cidade de São Paulo ontem pela manhã foi 70% menor que o registrado normalmente às sextas-feiras, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Em dias normais, a cidade chega a ter 80 km de congestionamentos espalhados pela cidade, segundo a companhia. Ontem, o horário de maior movimento foi entre 7h e 7h30, com 25 km de lentidão no trânsito.
Os pontos mais críticos foram a Radial Leste e a avenida 23 de Maio, dois dos principais corredores de tráfego da cidade.

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