São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Paralisação enche os calçadões no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Por conta da greve, a cidade do Rio de Janeiro viveu uma sexta-feira com ritmo de sábado.
Apesar das praias vazias por causa do mar agitado, o dia de sol levou muita gente ao calçadão da orla marítima, na zona sul. O trânsito não teve os engarrafamentos que viraram rotina desde o início das obras do projeto Rio Cidade.
À tarde, o comando de greve apresentou números que indicavam uma adesão de cerca de 36% dos trabalhadores do Estado. Mas a projeção dos sindicalistas era de que esse número atingisse 60% dos trabalhadores -2,1 milhões dos 3,5 milhões de empregados no setor formal da economia.
"A greve no Rio e no país foi um sucesso", disse no início da tarde a presidente da CUT-RJ, Iná Meirelles. "A greve foi frustrada", disse o governador Marcello Alencar.
Lazer
Indiferente às avaliações, o taxista Getúlio Ferreira da Silva, 39, decidiu pescar no mirante do Leblon (zona sul). "Tentei trabalhar, mas o movimento estava fraco."
Quem também "enforcou" o trabalho foi o corretor da Bolsa de Valores Antônio Vianna, 29. Ele deixou o terno e a gravata em casa e foi passear na ciclovia.
Segundo os administradores dos shoppings da cidade, a frequência nos aumentou 10% ontem.
Mas, no centro, onde o movimento de pessoas e carros era menor que nas sextas-feiras normais, as vendas caíram até 60%. Na ponte aérea Rio-São Paulo, houve queda de 40% na ocupação.
A adesão do setor de transportes ao movimento foi parcial.
Pela estimativa do comando de greve, pararam 60% dos ônibus, 80% do metrô, e houve paralisação total dos trens.
A Companhia do Metropolitano informou que às 7h -com uma hora de atraso-, todas as estações estavam abertas.
A circulação dos trens foi normalizada às 9h20, conforme informações da Flumitrens.

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