São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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São Paulo vive sexta com cara de sábado

DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo viveu ontem em clima de "feriadão": pouca gente e pouco trânsito.
Nas zonas leste, sul e central, muitas lojas não abriram as portas.
Às 12h30 de ontem, as empresas de ônibus anunciavam que 80% da frota estava nas ruas -com poucos passageiros. Nas escolas, 50% dos alunos não compareceram. Nos hospitais, 20% das consultas foram desmarcadas.
Piquetes
A ação dos piquetes, comandada pelo sindicato dos condutores, não conseguiu deter a saída dos ônibus das garagens.
O horário mais crítico ocorreu durante a madrugada, entre 3h e 4h, quando circulou apenas 12% da frota. Muitas empresas pediram a proteção da PM.
Metrô
No horário de maior movimento, às 7h, o metrô esteve fechado -só começou a funcionar às 8h15 no ramal Paulista.
As três linhas do metrô só começaram a operar em toda a sua extensão às 14h50. A Companhia do Metrô informou que o movimento era comparável ao dos domingos.
Trânsito
O trânsito na cidade de São Paulo ontem pela manhã foi 70% menor que o registrado normalmente às sextas-feiras, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Em dias normais, a cidade chega a ter 80 km de congestionamentos espalhados pela cidade, segundo a companhia. Ontem, o horário de maior movimento foi entre 7h e 7h30, com 25 km de lentidão.
Shoppings
Os shopping centers de São Paulo registraram movimento acima da média, em relação a outros dias da semana.
No Shopping Morumbi (zona sul), a previsão era de acréscimo de 20% no fluxo de pessoas, segundo o superintendente Claudio Sallum, 34.
"Na hora do almoço, a praça de alimentação esteve com movimento muito maior do que em outros dias", afirmou Marinei Cestari, 36, gerente de marketing do Shopping Iguatemi (zona oeste).
Maluf
O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB), chamou de "democratas" os integrantes do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus "por seu comportamento durante a greve geral".
O elogio deve-se à avaliação do prefeito de que havia sido cumprido acordo feito com o sindicato -cuja direção negou qualquer tipo de acerto.

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