São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Proprietário aguarda laudo dos peritos

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O proprietário da CCM (Construção Civil Macedo), Salvador Costa Macedo, vai aguardar o resultado da perícia feita pelos técnicos do Corpo de Bombeiros e da Polícia para se pronunciar sobre as causas do desabamento da laje. Ele não quis falar sobre as causas do acidente ontem.
No início da noite de anteontem, uma laje construída por operários da CMC desabou com 145 toneladas de concreto, ferragens e aço.
Por acaso, Macedo estava em cima da laje quando aconteceu o desabamento. Ele havia subido pois o mestre-de-obras tinha saído para cuidar de um assunto particular. Apesar da queda de 29 metros de altura, Macedo teve apenas fraturas nos braços e escoriações na cabeça.
O ex-mestre de obras da construção, José Bernardino Filho, disse ontem que a obra do silo apresentava irregularidades. "Denunciei à Cimex que os operários estavam trabalhando sem segurança", disse.
Bernardino Filho disse também que os diretores da CCM exigiam que o cronograma da obra fosse cumprido rigorosamente. O prédio deveria estar completamente concluído dentro de dois meses.
O Corpo de Bombeiros decidiu suspender ontem à noite as operações de resgate por falta de energia.

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