São Paulo, sábado, 22 de junho de 1996
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Jogo de cena?

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

Assunto da semana, a saída da Renault no final da temporada de 97 só comprova o funcionamento da principal categoria do automobilismo mundial.
Como me disse um amigo bem informado, a F-1 estava mais do que feliz com a notícia. A disputa, mais uma vez, ficaria equilibrada.
Algo parecido aconteceu no ano passado. Colocar Schumacher na Ferrari era dar ao melhor jóquei o pior cavalo.
Mas como o melhor cavalo, mesmo com o pior jóquei, está vencendo, acaba sendo necessário esterilizar esse puro-sangue.
Lembra aquele honestíssimo futebol de praia. Quando o placar denotava massacre, sempre aparecia alguém para propor sintonia fina nas escalações em busca de uma partida mais interessante.
Como no jogo da F-1 a caixa de cerveja vale milhões, essa sintonia é bem mais complicada. Uma verdadeira guerra de informações, boatos e golpes, quase sempre, baixos.
A Renault pode até rever sua posição. Mas só se conseguir reverter a tendência de restrições na evolução dos motores.
A fábrica francesa não cansou do sucesso. Apenas percebeu, com antecedência, que não conseguirá permanecer no topo por muito tempo.
Aquela pomposa história de objetivos alcançados é, literalmente, para inglês ver.
O que foi feito, nesta semana, parece ser uma tentativa de deixar Williams e Benetton contra a parede.
Correr atrás de um fornecedor, e começar tudo de novo, ou pressionar os outros construtores a alterar o regulamento?
Como disse Hill, ontem, na Inglaterra, ainda é cedo para saber o que acontecerá até o final do ano que vem.

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