São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
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Governo muda estratégia para banir mosquito transmissor

Ministério deixa de fazer controle para erradicar doença

DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Saúde vai mudar de estratégia para combater o Aedes aegypti, o mosquito que transmite a dengue. Passará de uma campanha de controle para a erradicação do mosquito.
A partir de março do ano que vem, cerca de 65 mil pessoas visitarão cidades em todo o Brasil em busca do mosquito.
O objetivo dessa mudança da política de saúde do ministério em relação ao Aedes aegypti é a verificação de um crescimento brusco da doença no país. Em 1994, foram registrados cerca de 50 mil casos de dengue. No ano passado, esse número pulou para 120 mil casos. Até maio deste ano, já foram registrados cerca de 74 mil casos.
A campanha de erradicação será dividida em "preparativos" (até março de 97), "combate" (de março de 97 até março de 98) e "manutenção", até março de 99.
Para erradicar o mosquito, o governo federal deverá gastar cerca de R$ 4,3 bilhões -R$ 2,4 bilhões serão gastos em obras de saneamento básico. O governo vai tentar conseguir financiamento externo para ajudar na campanha.
A mudança de estratégia foi recomendada por técnicos da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). O mosquito da dengue já havia sido erradicado em 1976, mas, no início da década de 80, ele reapareceu. A dengue pode causar febre, manchas na pele, dores no corpo e sangramento. O pior tipo de dengue é a hemorrágica, que pode levar à morte.
"Vimos que a metodologia anterior não estava dando certo. Por isso, estamos mudando de estratégia", diz Jaime Santos, secretário-executivo do Plano Diretor de Erradicação do Aedes aegypti.

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