São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Usuários de droga receberão seringas descartáveis este mês Ministério da Saúde inicia programa para evitar disseminação PAULO SILVA PINTO
O objetivo é diminuir o risco de transmissão da Aids por drogas injetáveis, o que deu certo nos Estados Unidos, Europa e Austrália. A Aids se transmite entre toxicômanos que compartilham seringas sujas de sangue contaminado. Há controvérsias sobre a legalidade da distribuição de seringas no Brasil. A Prefeitura de Santos (SP) tentou fazer isso dois anos atrás e foi impedida pela polícia. Agora, vai repetir a idéia com o aval do Ministério da Saúde. A coordenadora do Programa Nacional de Aids, Lair Guerra, conseguiu autorização do Confen (Conselho Federal de Entorpecentes), do Ministério da Justiça. Dois outros programas também estão em São Paulo: são ligados à Secretaria de Estado da Saúde e vão atingir Sorocaba e São Paulo. Os outros programas são da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, para a cidade do Rio, e da Universidade Federal de Minas Gerais, para Belo Horizonte. Santa Catarina, com alta taxa de transmissão, não terá programa. Segundo ela, a exclusão do Estado se deu "por razões políticas". Cada programa atende cerca de 800 pessoas e recebeu cerca de R$ 110 mil para 30 meses. O dinheiro vem da ONU (Organização das Nações Unidas) e do Bird (Banco Mundial). Só recebem seringas pessoas cadastradas. Os usuários de drogas endovenosas são 21% dos 79.908 casos de Aids registrados até hoje no país. Texto Anterior: Compra de máquina não terá alíquota Próximo Texto: Governo muda estratégia para banir mosquito transmissor Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |