São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Indústrias partem para a exportação

FELIPE MIURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com o mercado brasileiro atolado pela crise no campo, as indústrias de máquinas agrícolas estão buscando novas estratégias para sair do vermelho.
A expectativa é que as vendas de tratores e colheitadeiras este ano no mercado interno não ultrapassem 20 mil unidades, número que representa apenas 25% do pico histórico atingido em 1976.
Uma das saídas adotada pelos fabricantes para compensar as baixas vendas no mercado interno é a exportação.
A SLC-John Deere, de Horizontina (RS), aposta principalmente no mercado argentino.
"Do total de colheitadeiras que exportamos este ano, 55% foram para o mercado argentino", diz Gilberto Zago, gerente comercial da SLC.
Ao mesmo tempo em que procura aumentar a participação na Argentina, a VDB, fabricante dos tratores Valmet, tenta ganhar terreno em outros mercados da América Latina.
"Há uma forte concorrência no mercado argentino, onde atuam 14 marcas de máquinas agrícolas", diz Luís Fernando Barroso, chefe de vendas da VDB na região centro-norte.
Por esse motivo, a empresa procura se consolidar também em outros países como Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Colômbia.
Pérsio Pastre, diretor de relações externas da New-Holland, fabricante de tratores e colheitadeiras do grupo Fiat, diz que a empresa passou a adotar uma estratégia agressiva de venda em mercados pouco explorados.
"Etiópia, Zimbawe, África do Sul e Romênia são alguns dos nichos de mercado que a New Holland tem explorado", diz Pérsio Pastre.

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