São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Serra adere a proposta de Erundina
CARLOS EDUARDO ALVES
"Teremos subprefeituras com razoável grau de autonomia", afirmou Serra, sobre o que pretende modificar em São Paulo, caso seja eleito. O candidato tucano acha que as atuais administrações regionais, que seriam trocadas pelas subprefeituras, não funcionam bem. "A população está descontente", afirmou. Durante a administração Erundina em São Paulo (89 a 92), a bancada do PSDB na Câmara Municipal envolveu-se em discussões sobre o tema com a prefeita, que defendia a idéia. Na atual campanha, Erundina saiu na frente ao ressuscitar a idéia. "A tese pode ter sido de outros, mas também é do PSDB", afirmou Serra. O Orçamento participativo é a peça de resistência de administrações petistas, principalmente em Porto Alegre, e também faz parte da pregação de Erundina. "Se alguém tem uma idéia boa para São Paulo, não tenho a menor dúvida de adotá-la", disse Serra, sobre a paternidade petista do Orçamento participativo. Serra, no entanto, chegou a questionar a originalidade da tese. "A descentralização e a participação começaram no governo Montoro em São Paulo (83 a 86)", afirmou. Serra foi secretário na gestão Montoro. O candidato tucano disse ainda que manterá dois dos mais conhecidos projetos da administração Maluf: o Cingapura e o PAS. Não deu, porém, um cheque em branco ao atual prefeito, que aliás o elegeu como alvo preferencial no início de campanha. "O estilo centralizador não será mantido", declarou. Imagem Serra arriscou uma interpretação para a pesquisa do Datafolha que constatou ser ele, aos olhos do eleitorado paulistano, o candidato que mais defende os interesses do empresariado. "Eu me identifico no caso, digamos, essa opinião como defensor da criação de empregos. Eu vejo os empresários como agentes da criação de emprego", afirmou. Na mesma pesquisa, Serra aparece em terceiro lugar no quesito candidato que mais defende o interesse dos assalariados. Texto Anterior: Polícia pede prisão de envolvidos em invasão; PSDB pode fechar questão pela CPMF; Incra negocia com invasores no Maranhão; Privatização gera disputa jurídica em SP Próximo Texto: Evangélico apóia Pitta Índice |
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