São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Depoimento de Richter em CPI vira bate-boca

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Terminou ontem em bate-boca o depoimento do secretário municipal da Saúde, Roberto Paulo Richter, na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Manicômios, na Assembléia Legislativa.
Richter havia sido convidado para falar sobre atendimento na área de saúde mental com a implantação do PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
Representantes de entidades (Conselho Regional de Psicologia, SOS Saúde Mental, Instituto de Psicologia da USP e Núcleo de Estudos da Violência da USP, entre outras), depois que o secretário explicou o funcionamento do PAS, começaram a criticar a implantação do plano municipal.
Ao afirmar que o município atendia antes do PAS 1,5 milhão de pessoas e que, quando estiver completamente implantado, passará a atender 7,5 milhões, Richter foi interrompido por Marcile Daud Júnior, do SOS Saúde Mental, com um grito de "mentiroso" e, depois, xingado de "cínico".
O secretário, também gritando, retrucou: "O que vocês estão fazendo é política partidária. Eu não tenho medo do PT. A administração do PT foi uma vergonha para a saúde em São Paulo. Mentiroso é você".
Richter, então, se levantou e abandonou o depoimento.

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