São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Cargill quer elevar participação no setor
MÁRCIA DE CHIARA
Dona das marcas Liza, Veleiro e Claris, a Cargill detém hoje 20% do mercado de óleo de soja. Se o negócio se concretizar, a empresa deve se equiparar à Ceval, com a marca Soya, que responde por cerca de 23% do mercado de óleo de soja. Além disso, a empresa deve aumentar em 12% a capacidade de esmagamento de soja e em 15% a produção de óleo refinado de soja. Atualmente a Cargill esmaga, a cada ano, 2,5 milhões de toneladas de soja e refina 400 mil toneladas de óleo em cinco unidades. Com o negócio, a empresa passa a ter unidades próprias nos Estados da Bahia e do Rio Grande do Sul. Negociações Os entendimentos verbais entre a Cargill e as duas empresas vêm ocorrendo há mais de seis meses e estariam mais adiantados junto à Olvebasa. A perspectiva é formalizar a proposta de compra, com valores, condições de pagamento e prazos, até julho. Segundo a Folha apurou, o que estaria emperrando o negócio seria o endividamento da Olvebasa e da Olvebra. Neste momento, as duas empresas estariam tentando se posicionar junto aos credores para depois sinalizar para a compradora as bases da negociação. "A possibilidade de compra está sempre no ar", diz Helenilson Chaves, presidente da Olvebasa, do grupo Chaves, que atua no setor cacaueiro e de pecuária. É que a unidade da Olvebasa em Barreiras, no oeste da Bahia, está arrendada há dois anos para a própria Cargill. A fábrica tem capacidade anual para esmagar 300 mil toneladas de soja e refinar 50 mil toneladas de óleo por ano. Chaves, que nega os entendimentos para a venda, diz que a tendência mundial é a atividade se concentrar nas mãos de poucos, devido às exigências de capital. A Olvebra, por meio do seu porta-voz, Airton Rocha, também nega a venda. Ele alega que não há condições de fazer o negócio porque a empresa deve a bancos. Só fábricas O interesse da Cargill é pela instalação física das duas unidades de produção -não pela compra das empresas e suas respectivas dívidas. Motivo: hoje há no país grande número de fábricas e não seria lógico construir uma nova planta. A unidade da Olvebra em Eldorado do Sul (RS) refina 150 mil toneladas de óleo de soja por ano. A empresa detém as marcas Violeta (soja) e Purileve (canola). Ainda não está acertado se as duas marcas entrariam na negociação. Texto Anterior: Imóvel popular aumenta até 20% em maio Próximo Texto: Setor elétrico receberá ajuda federal Índice |
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