São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996 |
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Setor elétrico receberá ajuda federal
MÁRCIO DE MORAIS
O objetivo é preparar essas empresas para uma futura privatização. Pelas explicações de Garrido, o programa será uma espécie de Proer do setor elétrico. O Proer é o programa oficial do governo que incentiva a fusão de empresas do setor financeiro, saneando as finanças de instituições sob intervenção. O objetivo do programa do Ministério de Minas e Energia é restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro das empresas elétricas em processo de reformulação e com interesse declarado na privatização. O Proer já destinou cerca de R$ 12 bilhões aos bancos em situação pré-falimentar, permitindo que eles fossem absorvidos por outras instituições. Atuam hoje no país 61 empresas concessionárias de energia elétrica, entre as controladas pelos governos estaduais, municipais e as privadas. Na fila Garrido não soube precisar os recursos necessários para a concretização do programa de ajuda às empresas. A cifra deverá ser elevada, devido à reconhecida crise que algumas delas vivem. Ele citou o caso da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) como um típico exemplo de necessidade de ajuda. Os últimos números da empresa, divulgados no início do ano, revelavam uma dívida de cerca de R$ 2,5 bilhões junto a empresas federais (como Itaipu, por exemplo), por conta do recebimento de energia. Os recursos do programa de ajuda ao setor elétrico serão assegurados, conforme Garrido, pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Poderá haver um adiamento de receita", disse. Pelo menos uma empresa -a Coelba (Companhia Energética da Bahia)- já está na fila de espera da ajuda oficial, segundo Garrido. Texto Anterior: Cargill quer elevar participação no setor Próximo Texto: Votorantim quer concessão Índice |
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