São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grifes dos EUA e França chegam ao país

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas das mais famosas grifes francesas -Gaultier Jeans e Sonia Rykiel- e a Tommy, dos Estados Unidos, estão chegando ao Brasil.
Depois de estudar por três anos o mercado brasileiro, a Gaultier Jeans coloca até o final de agosto seus artigos à venda em até 40 lojas de São Paulo e Rio de Janeiro.
A importação das peças está sendo feita pela Bizarre, uma empresa brasileira que tem como sócios o francês Cedric des Rouvieres e o mineiro Pedro Ferraz.
A Gaultier Jeans atende ao público jovem. A sua calça básica será comercializada por R$ 80. Na França, custa cerca de R$ 55.
Sonia Rykiel também quer ter seus artigos no país. Marina Boutelleau, representante comercial da estilista francesa, diz que já está fazendo contato com lojistas.
A alíquota para importar roupas, diz ela, já foi mais alta no país -hoje é de 20%. "Agora já dá para pensar em vender no Brasil."
A Tommy, especializada em roupas masculinas, chega com franquias. Já está abrindo uma em Recife (PE) e uma em Salvador (BA).
Até 1998 quer ter 30 lojas espalhadas pelo país, afirma Joseph Hamoui, diretor da Nível Import, que está trazendo a grife.
Ele diz que a estratégia é ter aqui o que nos EUA chama-se "corner" -um espaço para vender dentro de uma loja maior.
A Tommy tem expectativa de faturar cerca de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por ano no Brasil.
Os representantes das três grifes, que participam da Fenit/Fenatec -que acontecem em São Paulo-, consideram que elas chegam em boa hora ao país por conta da retomada do setor têxtil.
Encomendas
A Covolan, de Santa Bárbara d'Oeste (SP), só recebe encomenda das lojas para entrega em outubro. A empresa tem pedidos em carteira para operar durante três meses. São 450 mil metros lineares de tecidos por mês, afirma Rubens A. Covolan, diretor financeiro.
A Char-lex, especializada em tecidos sintéticos, está com a produção de dois meses comprometida.
A Fama, fabricante de linho, espera até sexta-feira vender o equivalente a dois meses de produção ou 2 milhões de metros lineares.

45ª Fenit e 30ª Fenatec. Até sexta-feira, das 10h às 19h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Para profissionais do setor.

Texto Anterior: Prêmio mostra criatividade
Próximo Texto: Hebe Camargo assina linha de toalhas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.