São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Técnico festeja falso 100º jogo

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO AO ESPÍRITO SANTO

O técnico Zagallo disse que a decisão de reconhecer o jogo de hoje como a centésima vez em que ele dirige a seleção brasileira foi tomada em reunião entre ele, o supervisor Américo Faria e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Na verdade, é a 103ª partida -a centésima aconteceu no dia 23 de março, contra Gana. A CBF não reconhece os jogos contra Chile (1967), Argentina (1968) e seleção olímpica brasileira (1972).
Zagallo afirmou ontem que nessas três partidas a equipe usou a camisa oficial da seleção e que ele estava no banco, como treinador.
"Resolvemos que os jogos contra Chile e Argentina não valeram porque só em 1970 assumi a seleção. Antes, treinava o Botafogo."
Mas essas partidas constam de uma publicação oficial da CBD (antigo nome da CBF) editada logo antes da Copa do México. A revista tem até um texto de João Havelange, sogro de Teixeira e então presidente da CBD.
Curiosamente, Zagallo costuma lembrar muito o jogo de 1968. Segundo ele, num dos gols do Brasil, a equipe tocou cerca de 60 vezes na bola até marcar.
A partida de 1972 não foi reconhecida porque "era Brasil contra Brasil", de acordo com Zagallo. Nesse jogo, em Uberaba (MG), houve venda de ingressos e até juiz estrangeiro (francês).
Ele não explicou por que foram reconhecidos jogos da seleção brasileira contra a seleção gaúcha (1972) ou com um combinado amazonense (1970).
(MM)

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