São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Explosão mata 2 americanos e fere 160 na Arábia Saudita

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um caminhão-tanque explodiu ontem próximo à área residencial de uma base aérea dos EUA na cidade de Dhahran, na Arábia Saudita. Pelo menos duas pessoas morreram e 160 ficaram feridas.
O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que a explosão "parece ter sido um ato terrorista" e que, "se for o caso, os covardes que o praticaram não ficarão impunes". Agentes da polícia federal (FBI) seguem hoje para a Arábia Saudita para investigar o caso.
A explosão de ontem ocorreu um mês após a execução de quatro sauditas condenados por outro atentado, em 13 de novembro de 1995, contra instalação militar norte-americana em Riad, capital do país, no qual sete pessoas morreram, e 60 ficaram feridas.
Diversos grupos terroristas haviam ameaçado retaliações caso os quatro condenados fossem executados. Mas nenhum reivindicou a autoria da explosão de Dhahran até o fim da noite de ontem.
Segundo os primeiros relatos, ainda não-oficiais, um caminhão-tanque com duas pessoas na cabine parou no portão de entrada da área residencial da base de Dhahran, cerca de 350 km a leste de Riad, às 22h30 de ontem (17h30 em Brasília).
Antes de serem abordados pela segurança, os dois homens saíram do caminhão, entraram num carro que estava parado nas imediações e partiram. A explosão ocorreu segundos depois.
Um prédio de oito andares ficou completamente destruído. Ele era oficialmente ligado ao Ministério da Defesa saudita, mas na prática fazia parte da base americana, um dos pontos-chaves dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Sua principal missão no local é fiscalizar as resoluções da ONU adotadas contra o vizinho Iraque após a Guerra do Golfo.
O presidente Clinton vai hoje para a França, onde vai participar da reunião de cúpula do G-7 (os sete países mais ricos do mundo), que já tinha o terrorismo internacional como um ponto de sua agenda.

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