São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 1996
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Arquivo do Estado; Morte de PC; Segurança aparente; Reportagem tendenciosa; Conselho de Educação

Arquivo do Estado
"Em vista de reportagem publicada na Ilustrada no dia 1º de junho, sob o título 'Arquivo do Estado fecha por falta de pagamento de salários', gostaríamos de esclarecer que algumas das informações ali contidas não se fundamentam em dados reais, havendo a nosso ver algumas incorreções.
Em primeiro lugar, o Arquivo do Estado não está fechado e muito menos o será por demissões ou cortes de verbas, ou não-pagamento de salários.
Quanto à informação de atraso dos salários é importante salientar que essa situação não existe e que o pagamento do mês de maio será feito dentro dos prazos, conforme determina a lei, o que invalida a informação dada, provavelmente, por pessoas mal-informadas.
É importante ainda deixar claro que qualquer interessado nos acervos, biblioteca ou documentos do Arquivo será atendido em suas solicitações.
Encontram-se em serviço, nessa unidade da Secretaria de Estado da Cultura, funcionários capacitados para o atendimento ao público, incluindo-se aí bibliotecárias e responsáveis pela Sala de Manuscritos.
Não houve nem haverá solução de continuidade nos serviços do Arquivo do Estado de São Paulo.
Quanto à alegada ordem do senhor secretário de reduzir 50% do pessoal do Arquivo, essa informação em nenhum momento corresponde ao que realmente aconteceu na reunião com diretores de museus e departamentos.
O encontro, normal dentro do processo administrativo, visava organizar, ordenar e adequar os recursos desta Secretaria para os projetos em vista a serem desenvolvidos no segundo semestre.
Repetimos, para melhor entendimento, que jamais foram determinados cortes de funcionários e muito menos de projetos culturais, mas apenas se discutiu uma possibilidade de adequação às novas condições, nas quais consta o trabalho de mudança do acervo do Arquivo do Estado para suas novas instalações, o que demandará técnicos especializados, certamente com credenciais diferentes de alguns que hoje ali trabalham.
Cabe lembrar, ainda, que o atual prédio do Arquivo do Estado vem sendo alvo de serviços permanentes de manutenção.
É importante esclarecer, também, que esta administração vem realizando esforços no sentido de equacionar definitivamente a questão da estrutura do Arquivo do Estado, situação que se arrasta há, no mínimo, 30 anos.
Para tanto, alocamos recursos da ordem de R$ 2,5 milhões para permitir a mudança do prédio do Arquivo, o que deverá ocorrer ainda neste exercício."
Marcos Mendonça, secretário de Estado da Cultura (São Paulo, SP)

Morte de PC
"Embora eu não tenha nada a favor do sr. PC Farias, achei de mau gosto a foto de primeira página da Folha de 24/6.
Expô-lo morto numa mesa de necrotério é desrespeito à dignidade humana, é continuar julgando e condenando e expondo à execração pública.
Há muitos problemas nacionais a serem esmiuçados pela imprensa."
Evylin de Moraes Novo (São José dos Campos, SP)

Segurança aparente
"Prezado ombudsman: permita-me discordar de sua avaliação sobre a foto publicada com a malfadada placa sobre 'segurança' no Osasco Plaza Shopping.
Essa foto pode ser considerada uma foto-denúncia, pois mostra que as nossas instituições estão preocupadas apenas com a segurança aparente, enquanto não levam a sério e nem gastam dinheiro com a segurança real dos usuários/população."
Radoico Camara Guimarães (São Paulo, SP)

Reportagem tendenciosa
"Classifico como irresponsável, inoportuna e tendenciosa a reportagem 'BB eleva jornada e despesa com pessoal' (25/6).
Os referidos funcionários com cargo de confiança -os chamados comissionados- na verdade trabalham em média dez horas por dia, sem contudo receber as horas excedentes."
Antonio Fernandes de Oliveira Neto (Taubaté, SP)

Conselho de Educação
"Olhando a lista dos 12 membros escolhidos para o Conselho Federal de Educação, fiquei estarrecido com os critérios de formação de tal Conselho, que não seguem as normas constitucionais.
Os 12 membros do Conselho Federal, como noticiou a Folha, lá estão por serem amigos do rei, mesmo que escolhidos numa lista de amigos, como tentou justificar José Arthur Giannotti (talvez um dos únicos que tenha alguma coisa a ver com a educação), outros ou por serem 'social-democratas' ou 'neoliberais' ou coisa que o valha."
Juarez Araujo Braga (São Paulo, SP)

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