São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996
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O dia-a-dia das investigações

. dia 23
- Os corpos de Paulo César Farias e de sua namorada Suzana Marcolino da Silva são encontrados às 11h, por seguranças, na casa de praia do empresário, em Guaxuma, Maceió
- Polícia colhe impressões digitais no quarto, na caixa da arma e no revólver encontrado ao lado do corpo de Suzana
- São tiradas 220 fotos no local, e recolhidos sangue, urina, pedaços do estômago, coração, fígado, pulmões, encéfalo e rins para exames toxicológicos
- A polícia começa a trabalhar com a idéia de crime passional, assassinato seguido de suicídio, devido a constatação do Instituto Médico Legal de que havia pólvora na mão de Suzana

. dia 24
- Polícia afirma que Suzana não teria sofrido agressões na noite do crime. O diretor do IML, Marco Antônio Peixoto, diz que as manchas constatadas eram consequência de hemorragia
- As balas são identificadas como tendo saído do revólver Rossi, calibre 38, encontrado pela polícia junto aos corpos
- O delegado Cícero Torres, diz não ter dúvidas de que o tiro que matou PC foi disparado por Suzana
- Torres diz ter feito teste de estampido e concluído que quem estivesse a 20m do local escutaria um barulho "semelhante a um côco caindo na areia"

. dia 25
- O chefe do Departamento de Medicina Legal da Universidade de Alagoas, George Sanguinetti, denunciou pressão da polícia para sustentar versão de crime passional
- Através do exame de fotos da autópsia, Sanguinetti conclui que Suzana não cometeu suicídio e que há 90% de chances de PC ter sido morto em pé
- A arma do crime é identificada como tendo sido vendida pela Amadeo Rossi para a PM alagoana em 95
- O comandante da Polícia Militar de Alagoas declara que pelo menos quatro seguranças de Paulo César Farias eram da PM
- A casa onde PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados é limpa e arrumada, colchão e lençois são queimados
- O inquérito policial para apurar a morte de PC é oficialmente aberto
- O diretor-geral da Polícia Federal declara que a PF fará investigações paralelas
- Nivaldo Cantuária, responsável pelo exame de balística, diz não ter encontrado digitais de Suzana na arma
- Médicos do IML Nina Rodrigues, em Salvador iniciam análises toxicológicas nas vísceras de PC e Suzana

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