São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Rossi ataca plano de saúde de Maluf
ANA MARIA MANDIM
Rossi afirmou que considera o PAS "uma solução muito interessante", que pretende manter se for eleito, "mas malresolvida do ponto de vista do custeio". Implantado em janeiro deste ano, o PAS transferiu a administração de hospitais públicos para cooperativas de médicos. Segundo Rossi, a população potencialmente usuária do PAS é de sete milhões a 8 milhões de pessoas. "O número de cadastrados está aumentando e não há recursos para atender a todos." Rossi disse que o PAS conta com apenas R$ 300 milhões para atender aos 4,8 milhões de pessoas já cadastradas."Há R$ 800 milhões alocados para a saúde, e o PAS só recebe R$ 300 milhões." "Para aumentar as fontes de custeio, seria importante o PAS aderir ao SUS (Sistema Único de Saúde) e receber o dinheiro que vem como repasse técnico." Rossi acha que a criação de cooperativas de usuários poderia ser uma "magnífica idéia" para melhorar a qualidade do atendimento: "As cooperativas de usuários procurariam as cooperativas prestadoras de serviços que considerassem melhores". Para o candidato do PDT, os R$ 10 pagos pela prefeitura às cooperativas de médicos por habitante cadastrado (atualmente, R$ 10,96) foram fixados "aleatoriamente". "Como foi calculado? Pode ser excessivo", afirmou. O secretário municipal da Saúde, Roberto Paulo Richter, disse que "bomba de efeito retardado, só se for na cabeça dele (Rossi)". Richter afirmou que o PAS "foi muito bem estudado e testado em modelos", antes de ser implantado. "Seu planejamento é para cinco anos. Só neste ano, investiremos R$ 850 milhões em saúde. Esses recursos irão para o PAS." Segundo Richter, a população potencialmente interessada no PAS é de 4,5 milhões a 5 milhões. O secretário da Saúde disse que o PAS já aderiu ao SUS. "Os recursos vão para os fundos municipais de saúde. E daí, para o PAS." Richter afirmou que Rossi está "mal-assessorado e mal-informado sobre o PAS". O candidato do PDT disse estar esperando o início do horário eleitoral gratuito para "triturar os adversários e a estrutura podre de poder que está aí". Segundo Rossi, os candidatos do PPB, Celso Pitta, e do PSDB, José Serra, vieram para a campanha com "um caminhão de dinheiro". "Já se pode ver isso na periferia, pela quantidade de material que estão distribuindo. A campanha deles é muito vistosa", disse. Texto Anterior: Agenda aponta para encontros Próximo Texto: PT acerta com Loducca e vai gastar R$ 2,1 mi na campanha Índice |
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