São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Juiz analisa pedido de prisão preventiva Garimpeiros fizeram nove reféns ESTANISLAU MARIA
Os garimpeiros são acusados de liderar a ação de outros 300, que fizeram como reféns nove funcionários da Vale, anteontem. Larêdo deve julgar hoje a denúncia encaminhada do promotor Marco Aurélio Nascimento contra os mesmos 14 garimpeiros, que são acusados de formação de quadrilha, atentado contra a organização do trabalho, ameaça de morte e desobediência a ordem judicial. Os nove funcionários da Vale foram mantidos como reféns pelos garimpeiros no palanque da entrada do garimpo e só foram liberados quase seis horas e meia depois. Os garimpeiros redigiram um documento e exigiram que os funcionários da Vale assinassem para poderem ser liberados. Nesse documento, os garimpeiros exigem que as sondas da Vale continuem paralisadas e que os veículos e técnicos a serviço da empresa deixem de trabalhar no garimpo. Os garimpeiros exigem o direito de exploração da área. Além do engenheiro Ozéas Lopes de Matos, foram detidos Antônio Carlos Cardoso, 34, dois motoristas e quatro ajudantes. O encarregado de segurança Irineu Loiola, que passava no local, acabou também "sob custódia". Um terceiro inquérito apura a detenção de dois funcionários por quatro horas no sábado. Eles não querem deixar Serra Pelada, como pretende a Vale, e são contra o programa da empresa, que oferece R$ 6.000 para cada garimpeiro deixar sua casa. "Estamos sobre uma montanha de ouro, a maior do mundo. Não vamos sair feito cachorros enxotados que ganham um ossinho", disse Benedito Mander, 35, que chegou ali aos 20 anos. Texto Anterior: Alerta na balança Índice |
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