São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996
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Concessão de crédito fica mais rigorosa

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Por trás dos calotes estiveram os juros altos e a crise de liquidez imposta pelo Banco Central ao recolher o dinheiro dos bancos por meio de depósitos compulsórios.
"O governo assustou-se com o aquecimento da economia e forçou uma recessão que arrebentou milhões de pessoas físicas e jurídicas", diz Cláudio Torres, diretor de crédito da Febraban.
"Os bancos foram no embalo do Real e não imaginaram o aperto que o governo faria", acrescenta Lázaro de Mello Brandão, presidente do Bradesco.
Alguns bancos mal-administrados, que dependiam das receitas dos ganhos indiretos com a aplicação de recursos não-remunerados de terceiros, sentiram a corda arrebentar com a inadimplência. Nesse clube estavam instituições como Nacional e Econômico.
Para superar o sumiço do ganho fácil e os problemas da inadimplência, os bancos estão cobrando mais tarifas de seus clientes e exigindo maior rigor dos gerentes na hora de conceder novos créditos.
O Bradesco, por exemplo, passou a olhar com mais cuidado o patrimônio e o fluxo de caixa das empresas.
Para isso, treinou de novo os gerentes para fazer o que tinham esquecido: conceder empréstimos.
(MG)

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