São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996
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Serpro dobra receita

HELCIO ZOLINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em 95, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, dobrou a receita, saiu do prejuízo e conseguiu uma rentabilidade de 39% sobre um patrimônio que cresceu mais de cinco vezes em relação a 1994.
A performance da estatal, segundo seus dirigentes, deve-se basicamente a quatro fatores: profissionalização, redução de custos para oferecer preços mais competitivos, cobrança de dívidas e redução do quadro de pessoal em quase 11 mil funcionários em uma década.
Com um programa de demissões voluntárias, o quadro de 13.256 empregados em 1994 caiu para 12.912 no ano passado, mas ainda é o maior do setor de informática. A segunda em empregos, a Itautec Philco, tem 6.707 funcionários.
Wolnei Martins, diretor-superintendente do Serpro, atribui o desempenho da empresa às medidas adotadas nos últimos dois anos. Segundo Martins, a partir de 1994 o Serpro passou a assinar contratos com seus clientes -todos vinculados à administração pública federal-, coisa que não fazia há cinco anos.
"Os clientes não nos remuneravam, e o Serpro passou a ser financiado pelo Tesouro. Agora, estamos conseguindo reverter esse quadro."
O recebimento de R$ 100 milhões em faturas antigas, e o crescimento do volume de serviços em cerca de 17%, proporcionaram um ganho de R$ 100 milhões na receita.
Segundo Martins, a redução de custos possibilitou ao Serpro diminuir o preço dos seus serviços em cerca de 25%.
Ele espera repetir em 1996 o crescimento do ano passado. Pretende investir cerca de R$ 40 milhões em equipamentos e no treinamento de pessoal.

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