São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Coca-Cola vai extrair cafeína do guaraná
DA SUCURSAL DO RIO A Coca-Cola implantará no Amazonas em, no máximo, dois anos uma fábrica-piloto para a extração de cafeína do guaraná.A construção faz parte de um projeto de utilização de matéria-prima regional pela fábrica de xaropes para refrigerantes, localizada em Manaus. Para se chegar à técnica da extração da cafeína do fruto, folha e sementes do guaraná, a Coca-Cola encomendou um estudo à Universidade do Tennessee (EUA), que trabalhou em conjunto com órgãos do Estado do Amazonas. O diretor de relações com o mercado da Coca-Cola, Paulo Correia, disse que o projeto de extração de cafeína terá investimentos de US$ 10 milhões até o fim de 1997. O principal objetivo do projeto é diminuir a dependência da importação de cafeína, usada na fórmula do refrigerante Coca-Cola. Segundo o gerente de desenvolvimento de matéria-prima regional da fábrica de Manaus, José Turano, a Coca-Cola importa 90% da cafeína que usa para fabricar o xarope. A Coca-Cola utiliza entre 400 e 500 toneladas anuais do produto. Correia diz que, no Brasil, quase não há cafeína para ser comercializada, o que leva à importação de grande quantidade do produto. Além da Coca-Cola, apenas o guaraná utiliza cafeína em sua fórmula. A diferença é que a cafeína do guaraná é a da própria fruta, enquanto a da Coca-Cola tem que ser adicionada à fórmula. O guaraná tem um teor de cafeína maior do que o próprio café: entre 2% e 3% do total da planta no café, e entre 3% e 4% no guaraná. Um dos problemas para implantar em escala industrial a cafeína derivada do guaraná é saber qual a quantidade de guaraná existente na Amazônia. Com um consumo anual de 130 toneladas, o guaraná é produzido por pequenos agricultores. Texto Anterior: Martins investe US$ 50 mi este ano Próximo Texto: Nova TBC intriga os bancos; Bolsa sobe Índice |
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