São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Nova TBC intriga os bancos; Bolsa sobe
MILTON GAMEZ
A reunião do também novo Copom (Conselho de Política Monetária) para definir a TBC começou ontem à tarde. O mercado, que fechou antes de a reunião terminar, esperava uma taxa próxima dos 2% para julho. A TBC irá definir o patamar mínimo dos juros básicos da economia, com reflexos no preço do dinheiro no mercado interbancário (CDI). Será usada nos empréstimos de liquidez do BC aos bancos no final do dia, na linha de redesconto, e nos repasses do Proer (programa de apoio e reestruturação dos bancos). Enquanto a TBC não entrava em cena, os holofotes do mercado voltaram-se para as Bolsas, que fecharam com altas expressivas e reverteram o clima de realização de lucros da véspera. Em São Paulo, a Bovespa movimentou R$ 538,3 milhões e fechou em alta de 2,37%. No Rio, a Bolsa subiu 1,81%. As maiores altas foram da Souza Cruz ON (7,5%), da Belgo Mineira ON (7,4%) e da Belgo Mineira PN (7,3%). As maiores baixas foram da Acesita PN (5,7%), da Cosipa PNB (3,9%) e da Siderúrgica Tubarão PNB (2,3%). As ações da Telebrás, carro-chefe do mercado com fatia de 68% do volume negociado na Bovespa, fecharam a R$ 72,20 (preferenciais), com alta de 2,8%, e a R$ 59,00 (ordinárias), com alta de 3,8%. No mercado de câmbio, o dólar comercial (usado nas exportações e nas importações) fechou pressionado, a R$ 1,0040 para compra e a R$ 1,0043 para venda. Contribuiu para a alta o final do semestre -dólares comprados ontem serão entregues amanhã, último dia útil de junho- e a atuação do BC, que interveio no mercado e elevou a chamada minibanda em R$ 0,0010. A nova minibanda de flutuação vai de R$ 1,0030 a R$ 1,0080. Os operadores esperam um novo ajuste de R$ 0,0010 no comercial até sexta-feira. Texto Anterior: Coca-Cola vai extrair cafeína do guaraná Próximo Texto: Copom define primeira TBC em 1,9% Índice |
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