São Paulo, quinta-feira, 27 de junho de 1996 |
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Pré-datado abafa crise no Corinthians
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Após o treino da manhã, o atacante havia dito que só continuaria no Corinthians se recebesse a quantia que lhe era devida. À tarde, revoltada com os comentários do jogador, a direção chamou-o para uma reunião. O presidente Alberto Dualib, José Mansur, vice-presidente de futebol, e Jorge Neme, diretor de futebol, ficaram cerca de uma hora e meia conversando com Edmundo. "Pensei que fossem me dar um esporro, mas, quando cheguei, tudo estava resolvido", comentou o jogador, após a reunião. "Eles me deram um cheque para depositar na semana que vem." A dívida Pelo contrato, Edmundo receberia o equivalente a R$ 60 mil mensais, metade como salário, metade por ceder ao clube o direito de negociar sua imagem em campanhas publicitárias. Segundo Edmundo, o pagamento pela cessão de imagem seria feito em três parcelas. A segunda não foi paga no vencimento, em maio, tendo sido quitada apenas ontem com o cheque pré-datado. A terceira, de acordo com o atleta, vence em agosto. O dirigente José Mansur diz que o vencimento é em setembro. Mansur alegou que o Corinthians não tentou fechar contratos publicitários usando a imagem do atacante por causa da Topper, empresa de material esportivo. "Ele tem um contrato particular com a Topper até julho, o que afugenta empresas ligadas ao esporte", disse ele. "E empresas fora da área esportiva não teriam interesse em usá-lo em comerciais". O dirigente afirmou também que Edmundo so assinou a autorização para o Corinthians negociar sua imagem semana passada. "O que que eu posso fazer se ninguém me procurou antes?", perguntou o jogador. Próximo Texto: 'Tenho dó, e não raiva' Índice |
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