São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Hipóteses sobre o crime

- Crime passional
Teria sido motivado pelo rompimento do namoro de PC Farias e Suzana:

Suzana Marcolino comprou, nove dias antes, a arma utilizada no crime e treinou tiro ao alvo no fundo do restaurante "O Casarão", em Atalaia

As balas usadas no crime foram disparadas pelo revólver de Suzana; também foram encontrados vestígios de pólvora na sua mão

Além de Suzana Marcolino, PC possuía, pelo menos, mais uma namorada -Cláudia Dantas, 31-, com quem se encontrava em segredo

Suzana fez declarações ao amor ao dentista Fernando Colleoni, de São Paulo, em dois telefonemas feitos no dia em que PC foi morto

PC Farias havia contratado um detetive particular para seguir os passos de Suzana

Os seguranças dizem ter ouvido discussões entre PC e Suzana na madrugada do crime; a família diz que PC queria romper o namoro

PC controlava a conta de Suzana no banco. Recentemente, a conta apresentava saldo negativo -um possível indício de rompimento

- Crime não-passional
Teria sido motivado pela tentativa de apropriação dos bens de PC:

Não foram encontradas digitais de Suzana ou de outras pessoas no revólver e nas balas usadas. As impressões podem ter sido apagadas

A polícia autorizou e um dos seguranças de PC organizou a destruição de provas -a queima do colchão e roupas

As balas usadas são do tipo "hollow point", mais mortais do que as balas comuns; em geral, são usadas por matadores profissionais

Não foram encontrados vestígios de pólvora nas roupas e no tórax de Suzana, o que enfraquece a hipótese de ela ter cometido suicídio

Os seguranças dizem não ter ouvido os tiros, mas ouviram as discussões entre PC e Suzana
A polícia alagoana cometeu diversas falhas na apuração do crime, que podem estar favorecendo os seguranças de PC, também policiais

As testemunhas apresentam depoimentos contraditórios; a polícia devolveu documentos de Suzana rasgados na parte das assinaturas

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