São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Condomínio fica 6,84% mais caro em SP

DA REDAÇÃO

O custo médio dos condomínios na capital paulista subiu bem acima da inflação em maio e, também, nos últimos 12 meses.
O Ipevecon, índice da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) que mede esses custos, registrou alta de 6,84%, contra 1,55%, por exemplo, do IGP-M.
Em um ano, o Ipevecon subiu 30,97%, bem acima da inflação medida pelo IGP-M (13,97%) e pelo IPC da Fipe (19,29%).
No último mês de maio, segundo o presidente da Aabic, José Roberto Graiche, vários fatores tiveram influência no comportamento do índice. Um deles foi a nova contribuição previdenciária de 15% sobre a remuneração paga a autônomos na prestação de serviços. Até mesmo os síndicos isentos da taxa de condomínio geraram maior encargo, pois a isenção é considerada pró-labore e está sujeita ao tributo.
A data-base dos empregados em condomínios foi em outubro, mas alguns edifícios costumam dar antecipação em maio, quando sobe o salário mínimo, afirma Graiche. Maio também foi mês de pagamento da taxa de licença para elevadores, cobrada pela prefeitura. Foram também pagas duas contribuições sindicais.
Em março e abril, lembra Graiche, o Ipevecon chegou a cair 1,52% e 2,32%, respectivamente. Para junho ele espera estabilidade do índice ou pequena variação positiva.
Quanto ao aumento de 30,97% em 12 meses, tarifas públicas e encargos sociais explicam essa variação, diz o presidente da Aabic.
O dissídio dos trabalhadores em condomínios, julgado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e depois levado por recurso ao TST, em Brasília, foi em outubro de 95.
O adicional de horas extras passou de 50% para 100% até 30 horas. Outras decisões, como cesta básica, foram suspensas pelo TST até o julgamento final.

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