São Paulo, quarta-feira, 3 de julho de 1996
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Na reta final

THALES DE MENEZES

No galope das zebras, Wimbledon está perto de uma final inédita e irreconhecível. Hoje serão disputadas as quartas-de-final masculinas, com apenas três cabeças-de-chave sobreviventes.
O croata Goran Ivanisevic (cabeça nº 4) faz um duelo de supercanhões com o australiano Jason Stoltenberg.
Os dois podem bater o recorde mundial de aces. Para quem gosta de ver bom tênis, no entanto, o melhor é procurar algum jogo de veteranos.
Um espetáculo melhor deve ser Pete Sampras x Richard Krajicek. Canhões, também, mas com mais recursos técnicos.
Sampras dispensa comentários, e Krajicek já o venceu três vezes em seis confrontos. Num ano de zebras, quem garante o sucesso do número 1 do mundo?
A torcida vai fazer força para levar adiante a promessa britânica Tim Henman. Depois de eliminar o campeão de Roland Garros, Yevgeny Kafelnikov, o garoto inglês está jogando melhor a cada partida.
Hoje, o adversário de Henman é o experiente Todd Martin (cabeça nº 13), acostumado a finais de Grand Slam.
Com seu estilo sempre discreto e eficiente, Martin vem bem no torneio e deve fazer um grande jogo contra o jovem inglês.
Muita gente diz que desse duelo sai um dos finalistas. Acham que tanto Martin quanto Henman passam fácil pelo vencedor de MaliVai Washington x Alexander Radulescu.
O palpite é arriscado (como qualquer palpite nesse Wimbledon cheio de surpresas). O esforçado Washington nunca demonstrou volume de jogo para almejar o título, mas o alemão Radunescu tem mais recursos.
No feminino, já em estágio de semifinais, Steffi Graf e Arantxa Sánchez são favoritas contra, respectivamente, Kimiko Date e Meredith McGrath.
Date jogou bem contra Mary Pierce, mas Graf esteve impecável contra Novotna. A alemã está com a mão no sétimo título.

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