São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Crise de confiança; MST no escanteio; Agenda cheia; Para a platéia; Ministro-problema; Humor da corte; Sutileza eleitoral; Dividindo o bolo; Exército eleitoral; Pedra no caminho; Rédea curta; Bancada furiosa; Sede monetária; Lenha na fogueira; Fim do suspense; Defecção malufista; Visitas à Folha

Crise de confiança
A base governista se sente trapaceada na liberação de verbas para as emendas dos parlamentares ao Orçamento. O PFL crê que o PSDB levou a melhor, os tucanos acham que o PMDB foi beneficiado e assim vai.

MST no escanteio
O Planalto decidiu negociar o apoio dos ruralistas aos projetos de reforma agrária que estão tramitando na Câmara. Raul Jungmann (Política Fundiária) e Abelardo Lupion (PFL-PR) devem se encontrar na quarta.

Agenda cheia
O Planalto ainda não respondeu ao pedido de audiência feito pelo PT há uma semana, para tratar de reforma agrária.

Para a platéia
O governo jogou de vez a toalha sobre a reforma administrativa. Votação em plenário só depois da eleição municipal.

Ministro-problema
O líder do PMDB, Michel Temer, acredita que, se Jatene amolecer um pouco, há chance de sair uma acordo sobre a CPMF. "Mas é preciso diminuir a alíquota e excluir poupança e aposentados", aconselha.

Humor da corte
Piada brasiliense: um âncora da TV russa anuncia que tem duas notícias sobre a eleição. Uma boa e outra ruim. A boa: os comunistas perderam. A ruim: Boris Ieltsin foi eleito.

Sutileza eleitoral
Maluf e ACM não acharam ruim Marcos Medrado (PPB) virar vice de Antonio Imbassahay (PFL) na eleição em Salvador.

Dividindo o bolo
Marco Maciel elogia a campanha da Bovespa pela privatização fatiada, para atender pequenos investidores. "Dá mais credibilidade um segmento da sociedade defender a idéia", diz o vice, que veio a São Paulo ontem.

Exército eleitoral
Estimativa do TSE aponta que 1 milhão de candidatos disputará a eleição. O tribunal prevê que será convocado 1,7 milhão de pessoas para trabalhar no pleito.

Pedra no caminho
Relatório de Roberto Requião (PMDB-PR) limita a liberdade de o governo renegociar US$ 10 bi da dívida externa. Exige licitação para a escolha das corretoras e prestação de contas ao Senado a cada US$ 500 mi negociados.

Rédea curta
O relatório de Requião, que vai à votação na Comissão de Assuntos Econômicos, ainda restringe o montante da dívida a ser renegociado a US$ 5 bi. Se o Senado julgar satisfatória, autoriza renegociar os outros US$ 5 bi.

Bancada furiosa
Diagnóstico da cúpula do PFL: ao privilegiar as próprias emendas ao Orçamento, Inocêncio de Oliveira (PE) irrigou sua base, mas perdeu votos na disputa pela presidência da Câmara.

Sede monetária
Está na iminência de ser liberado R$ 16 mi do fundo partidário. Todas as legendas fizeram forte lobby para receber o dinheiro.

Lenha na fogueira
Loyola disse a Amin que topa ir a uma comissão do Senado falar sobre veto do BC a uma emissão de títulos de Covas para precatórios. Se Gilberto Miranda não convidar Loyola a ir à comissão, Amin o levará ao plenário.

Fim do suspense
Cesare Romiti, presidente mundial da Fiat, encontra FHC na terça. Anuncia a nova fábrica de caminhões, um investimento de US$ 250 mi disputado por Minas e Espírito Santo.

Defecção malufista
Maluf pode desistir de contar com Duda Mendonça neste fim-de-semana. O publicitário vai a Salvador comemorar o aniversário de dois filhos e participar de torneio de briga de galos.

Visitas à Folha
O superintendente do Mappin, Pacifico Paoli, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.
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O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Francisco Urbano, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do tesoureiro-geral da entidade, Hilário Gottselig, e do assessor de Planejamento de Comunicação, Sérgio Gomes.

TIROTEIO
De Paulo Bernardo (PT-PR), sobre a liberação de verbas para as emendas dos congressistas:
- O governo não inovou. Usou os métodos que deram origem à CPI do Orçamento.

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