São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Emoções fortes

Na terceira semana de junho, Nelson Jobim (Justiça) esteve em Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) para mediar o conflito que os dois Estados travam em torno de suas divisas.
Em Rio Branco, ao final do expediente, os assessores mais jovens de Jobim decidiram sair para conhecer a noite da capital acreana. Convidaram o ministro, mas ele não quis ir.
Para deixar claro que não reprovava a idéia, Jobim contou uma história doméstica.
Roberto, 19, o segundo de seus três filhos, demorava a chegar em casa em uma certa noite.
Por volta de 1h da madrugada, a mulher, Edméia, deu o sinal de alarme. Jobim não deu bola.
A cena se repetiu por volta das 2h. Às 5h da madrugada, aflita, Edméia acordou o ministro:
- Nelson, são 5h da madrugada, e o Beto ainda não chegou. Você não sente nada?
Antes de voltar a dormir, Nelson Jobim respondeu:
- Inveja. Muita inveja.

Texto Anterior: Crise de confiança; MST no escanteio; Agenda cheia; Para a platéia; Ministro-problema; Humor da corte; Sutileza eleitoral; Dividindo o bolo; Exército eleitoral; Pedra no caminho; Rédea curta; Bancada furiosa; Sede monetária; Lenha na fogueira; Fim do suspense; Defecção malufista; Visitas à Folha
Próximo Texto: PF vai pedir fim do sigilo da conta de PC em Maceió
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.