São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maluf propõe a Rossi acordo já no 1º turno Tendência do pedetista é recusar um acordo neste momento ANA MARIA MANDIM; CARLOS EDUARDO ALVES
O prefeito acredita que as chances da candidatura Rossi minguaram. Por isso, está sugerindo que quem entre Rossi ou Celso Pitta (PPB) não tiver viabilidade eleitoral às vésperas de 3 de outubro renuncie e peça votos para o outro. O quadro mais provável hoje é que Rossi não aceite o acordo proposto por Maluf. Acredita que pode se recuperar na TV -o que permitiria, por tabela, engordar o caixa de campanha. A análise malufista é que Rossi naufragou após a entrada de José Serra (PSDB) no páreo sucessório. Não se concretizaram as contribuições financeiras à campanha do pedetista, que hoje, sem partido forte ou dinheiro, vive da esperança de crescer após o início do horário gratuito de TV. Um exemplo das dificuldades da campanha, oficialmente orçada em R$ 6 milhões, é a suspensão da divulgação da agenda aos jornais. Rossi tem organizado jantares de adesão para conseguir fundos. O próximo jantar, no qual o convite individual custará R$ 1.000, será no dia 22. O candidato do PDT espera reunir 2.000 pessoas. Encontro O prefeito e o pedetista se encontraram há duas semanas. Rossi levou consigo seu candidato a vice, Marcos Cintra. Maluf foi com Calim Eid, um de seus principais articuladores. O pepebista formalmente nega o encontro com Rossi. Mas nele Maluf propôs que os candidatos centrassem críticas em Serra, para tentar anular eventual crescimento do tucano devido ao apoio de FHC e Mário Covas. Rossi e Cintra não concordaram com esse diagnóstico. Acham que o alvo preferencial deve ser a candidata do PT, Luiza Erundina. Polemizar com Serra, na opinião de Rossi, seria "dar cartaz" a um candidato que estaria atrás dele, segundo as pesquisas do pedetista. Na terça, Rossi jantou com o presidente do PFL paulista, Antônio Cabrera. O encontro foi na casa de Rubens Furlan (PFL), prefeito de Barueri (SP) e articulador da reunião. O PFL está coligado com o PPB e indicou o vice de Pitta, o deputado Régis de Oliveira (PFL-SP). Para tentar minar Rossi, Maluf pôs em campo Calim Eid, a quem designou a tarefa de tentar trazer de volta os adeptos do PPB que, quando não havia a perspectiva de uma candidatura forte no partido, tinham aderido ao pedetista. Segundo turno A configuração ideológica das forças que apóiam Pitta e Rossi é praticamente idêntica. A diferença é que Maluf dispõe de alta taxa de aprovação à sua gestão e, assim, pretende empinar a candidatura Pitta, que conta também com sólida estrutura financeira. O cenário mais que previsível aponta para uma convergência entre Pitta e Rossi se qualquer um dos dois chegar ao segundo turno. (ANA MARIA MANDIM e CARLOS EDUARDO ALVES) Texto Anterior: Para Maciel, reclamações são comuns Próximo Texto: Jatene pede auditoria em gastos no PI Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |