São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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BC deve assumir o prejuízo

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento do rombo patrimonial do Banco Nacional é mais um prejuízo que deverá ser absorvido pelo Banco Central. Quando o banco está sob administração do BC, os cofres públicos é que cobrem a diferença.
Ou seja, o prejuízo que o BC terá de assumir vai se refletir nos seus próximos balanços. No primeiro semestre deste ano, o BC registrou um desempenho negativo de R$ 504 milhões. O prejuízo acumulado desde 1994 é de R$ 6,5 bilhões.
Proer
Os gastos do governo com a ajuda aos bancos começaram com a liberação de recursos do Proer (programa oficial de socorro a juros subsidiados).
Ao mesmo tempo em que libera dinheiro aos bancos, o BC emite títulos para "enxugar" a emissão de moeda. Com isso, o governo aumenta sua dívida mobiliária interna (em títulos).
O Nacional recebeu R$ 5,898 bilhões do programa para viabilizar sua incorporação pelo Unibanco.
O governo já desembolsou R$ 13,130 bilhões, até junho, de recursos do Proer, conforme dados divulgados extra-oficialmente.
A soma da liberação dos empréstimos do programa conhecida oficialmente é de R$ 12,777 bilhões.
Anteontem foi anunciada a última liberação, no valor de R$ 100 milhões, para permitir a incorporação do Martinelli pelo Banco Pontual.

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