São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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As suspeitas levantadas sobre o Nacional

Gestão temerária:
- Manipulação de 652 contas fictícias, denominadas pelo código especial de "natureza 917", é a principal causa da quebra do banco da família Magalhães Pinto. Contas já encerradas por empresas e pessoas físicas eram movimentadas de maneira artificial, ajudando a alterar o balanço do banco. Essas operações somaram R$ 5,367 bilhões

Evasão de divisas:
- Cartão Nacional registrava valores remetidos ao exterior que não correspondiam aos gastos efetivamente realizados pelos clientes. O relatório do Banco Central sugere prática de evasão de divisas
- Nacional fazia operações de câmbio com redução do valor de moedas estrangeiras, com o suposto objetivo de beneficiar outros bancos
- Operações de remessa ao exterior realizadas pelo Banco Nacional não foram comunicadas ao Banco Central. Entre 1993 e 1995, US$ 78,6 milhões deixaram o país por meio das contas CC-5 (contas de pessoas ou empresas no exterior)

Sonegação fiscal:
- O Banco Nacional intermediava remessas para outros bancos. Isso também pode ser caracterizado como um crime de natureza fiscal, pois, com as operações triangulares, os bancos deixavam de pagar tributos

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