São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996 |
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Parlamentar só marca o ponto na convocação extraordinária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A convocação extraordinária do Congresso limitou-se ontem a votações de consenso.A maioria dos parlamentares marcou presença e foi embora. Não se falou de reformas. O mês de julho, com a convocação, vai render R$ 24 mil a cada parlamentar. Além dos R$ 8 mil de salário, eles vão receber mais R$ 16 mil por conta da convocação. Na Câmara, o único tema importante discutido foi a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas sem que se tenha chegado a qualquer consenso. Acordos internacionais Na Câmara, foram aprovados dois acordos internacionais (de cooperação com a Namíbia e com a Turquia) e uma convenção de segurança nuclear. O Congresso Nacional ainda precisa ratificar formalmente essas matérias. O registro do painel eletrônico do plenário da Câmara indicava, no fim do dia, que 398 dos 513 deputados haviam passado por ali. Nem se deram a esse trabalho outros 115. A maioria fez o registro de presença antes de viajar. O painel foi ligado às 8h da manhã, uma hora antes do início da sessão extraordinária. As votações foram simbólicas, sem registro nominal. À tarde, a sessão não foi deliberativa e estava esvaziada. A partir das 9h, vários deputados já estavam no aeroporto de Brasília, aguardando o horário do embarque. Às 15h30, havia 15 parlamentares na Câmara. As reformas constitucionais, cuja tramitação justificou a suspensão do recesso parlamentar de julho, não foram objeto de discussão e votação ontem. Senado Cinco minutos de votação garantiram o dia de 64 senadores que estiveram presentes à sessão legislativa de ontem do Senado. A Ordem do Dia (período de votação de matérias) começou às 16h17 e terminou às 16h22. Durante esses cinco minutos, foram aprovados três acordos internacionais que ninguém chegou a discutir. As votações foram apenas simbólicas. Servidores Ainda não existe uma previsão do custo do pagamento aos servidores da Câmara e do Senado que trabalharem durante a convocação extraordinária. Cada um deles vai receber o equivalente a duas horas extras por dia de trabalho durante o mês de julho. A hora extra é calculada sobre o valor de cada salário. O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, afirmou que não há como calcular os gastos porque ainda não sabe quantos funcionários vão trabalhar e durante quantos dias. Texto Anterior: Maioria absoluta é a favor das reformas Próximo Texto: Governo e PFL fazem acordo pela CPMF Índice |
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