São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Blitz acha clínicas com irregularidades

Relatório sobre dez casas foi concluído

DA SUCURSAL DO RIO

Inspeção coordenada pelo Ministério da Saúde em dez clínicas de atendimento a pacientes terminais constatou um quadro de desorganização gerencial, falta de profissionais e atendimento médico inadequado.
A fiscalização foi iniciada no Grande Rio em junho, após as mortes de pacientes da clínica Santa Genoveva. Quinze clínicas, com um total de 15 mil leitos, começaram a ser auditadas. O relatório sobre dez foi apresentado ontem.
São clínicas privadas conveniadas com o SUS (Sistema Único de Saúde). A coordenadora da fiscalização, Maria Manuela dos Santos, disse que o que mais espantou as equipes foi "falta de organização".
Em todas as clínicas, constatou-se insuficiência de médicos e enfermeiros para o número de pacientes.
O texto do relatório definiu o padrão de alimentação como "baixo, carente em proteínas, vitaminas e sais minerais". Os espaços, instalações e equipamentos das cozinhas necessitariam de reformas, melhores conservação e limpeza.
Maria Manuela reconheceu ter havido "falhas" na fiscalização nas clínicas. Ela afirmou ser necessário um acompanhamento sistemático e critérios "mais rígidos" de credenciamento.
As equipes de auditores -integradas por representantes do ministério e das secretarias municipal e estadual de Saúde- deverão trabalhar nas dez clínicas até 24 de julho -prazo que pode ser prorrogado se houver necessidade.
Maria Manuela afirmou que não há interesse em fechar as clínicas, mas em ajudar os donos a melhorar o atendimento dos pacientes.
Santa Genoveva
Os seis acusados no caso da Santa Genoveva por maus-tratos, lesões corporais e morte de pacientes serão interrogados hoje pelo juiz da 28ª Vara Criminal, Cláudio Tavares.
Cada acusado será interrogado pelo juiz individualmente.
Somente o advogado poderá acompanhar o interrogatório, mas sem fazer intervenção.

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