São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Preso assaltante mais procurado de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo prendeu ontem Marcos César Bastos, o Marcos Pirata, acusado de ser um dos principais ladrões de banco e o mais procurado do Estado. Ele estava foragido havia oito anos.
Bastos, 29, e outros dois homens foram presos de manhã, em Santana (zona norte), quando supostamente se preparavam para roubar um posto bancário do Fórum de Santana. Pelo menos um dos integrantes do grupo conseguiu fugir.
A polícia diz que investigações e informações anônimas confirmaram que o grupo roubaria o banco.
Segundo o chefe da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio do Depatri (Departamento de Prevenção a Crimes Patrimoniais), delegado Francisco Basile, o grupo liderado por Bastos esperou o primeiro carro-forte fazer a entrega do dinheiro na agência e ficou aguardando a chegada do segundo, prevista para as 9h.
"Como sabíamos que o bando de Pirata é violento e que reagiria à prisão, resolvemos agir antes de o assalto ser consumado. Por isso, não deu tempo de os assaltantes reagirem", afirmou Basile.
O delegado disse que a polícia temia que Bastos apanhasse um refém para tentar escapar da prisão em flagrante.
Juntamente com Bastos foram presos Márcio Alves Ribeiro, 24, e um outro homem ainda não-identificado pela polícia.
"Outros integrantes do bando podem ter escapado porque Pirata costumava assaltar acompanhado de sete ladrões", disse Marcelo Teixeira Lima, da Delegacia de Roubos do Depatri.
Lima afirmou que Bastos se especializou no roubo a postos bancários porque esses estabelecimentos, em geral, não possuem câmeras de vídeo.
A polícia apreendeu com o grupo uma metralhadora de fabricação argentina e dois coletes a prova de balas. Nenhum dos presos quis dar entrevistas. Eles vão contar suas versões somente à Justiça.
Pena
Segundo o delegado Basile, Marcos César Bastos é foragido da Justiça. Ele já havia sido condenado a 73 anos de prisão por roubos e três latrocínios (roubo seguido de morte). Bastos é acusado de ter matado um gerente de banco, um agente penitenciário e um vigilante de banco.
"Ele era o assaltante de bancos que nós mais queríamos prender", disse o delegado.
Bastos também era procurado pela polícias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro por suas supostas participações em roubos de cargas nesses Estados.
Ele seria um dos primeiros assaltantes de carros-fortes da região sudeste.
A polícia de São Paulo descobriu que Bastos estava morando na Praia Grande (litoral sul paulista).

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