São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Final do Brasileiro descarta SP e Rio

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Rio de Janeiro não dispõem atualmente de estádios em condições de receber uma partida final do Brasileiro-96.
O regulamento do torneio para este ano, elaborado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), prevê que somente estádios com capacidade superior a 40 mil lugares podem ser usados para a final.
Nas duas maiores cidades do país, nenhum dos estádios hoje em condições de uso para o Brasileiro comportam esse público.
Em São Paulo, o estádio com maior capacidade atualmente é o Pacaembu, que pode receber até 32 mil torcedores.
Uma parte das arquibancadas, o chamado tobogã, está interditada por problemas estruturais desde maio de 95. As obras de recuperação ainda nem começaram e não terminarão até o final do ano.
O Morumbi, que também está em obras, foi parcialmente liberado, mas pode abrigar por enquanto somente 28 mil pessoas. Não há previsão ainda de liberação para um público superior.
Os demais estádios da cidade não comportam 40 mil pessoas.
No Rio de Janeiro, a CBF se recusa a usar o Maracanã.
O regulamento do Brasileiro estipula que só podem ser utilizados estádios que cobrem até 15% da renda dos jogos como taxa de uso. O Maracanã, administrado pela Suderj, cobra 26%.
Para que o Maracanã seja usado, portanto, é preciso que a CBF mude o regulamento do torneio ou que a Suderj reduza o preço para uso do estádio.
Nenhuma dessas possibilidades parece plausível, por enquanto.
A disputa entre CBF e Suderj diz respeito principalmente à publicidade no estádio.
A Suderj, órgão do governo estadual, tem contratos próprios para placas publicitárias ao redor do campo no Maracanã. A CBF quer esse espaço publicitário.
Assim, o maior estádio disponível na cidade é São Januário, do Vasco da Gama, com capacidade para cerca de 35 mil pessoas.

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