São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Charme é a principal arma do Café V

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não chega a ter a vastidão, os garçons descolados, o food-design que caracterizam os cafés das lojas Armani pelo mundo. Mas que o Café V, instalado da nova loja VivaVida, tem lá seu charme, isso tem.
Antes existindo apenas em shoppings, essa grife de roupas inaugurou em abril uma loja na rua Oscar Freire, no bairro dos Jardins. E, junto com ela, num mezzanino do fundo, abriu também um pequeno café com 27 lugares.
No mesmo andar funciona uma ala com produtos para casa, que inclui o restaurante: mesas, cadeiras, tudo também está à venda.
São belas peças: as mesas de madeira nua, as cadeiras de revestimento colorido, a louça, tudo compõe um ambiente charmoso, de onde se avista o movimento da rua através das vidraças da loja.
A idéia de montar o café foi do proprietário da VivaVida, Nardi Davidsohn. Ele entregou a tarefa aos donos do Buffet Garni, o argentino Eduardo Poccard, 43 anos (que durante anos gerenciou o bufê Ginger), e o húngaro Miklos Hromada, 46. No Café, a operação é tocada pela gerente Ana Egydio Martins Moraes, 27, ex-aluna da escola de Peter Kump, em NY.
A comida (sanduíches, saladas e pratos quentes) acompanha o visual cosmopolita do restaurante. Pratos franceses e italianos se mesclam a pitadas de ingredientes brasileiros. Alguma coisa lembra comida de bufê, resultante da antecedência do preparo dos pratos. Outras sugestões surpreendem pela qualidade.
Neste último caso está uma entrada, terrine de champanhe. Quase cremosa, mas sem perder as fibras, de sabores equilibrados, ela é acompanhada de três molhos que elegantemente colorem o prato: uma pincelada de creme de tomate, outra de salsinha verde picada e laranja agridoce. Um prato para comer devagar, descobrindo e saboreando.
No outro extremo, serve de exemplo um crepe de haddock ultrademolhado, já sem gosto, acompanhado com um molho aguado de alho-poró.
Num meio-termo ficam a carne-seca com purês de abóbora e batata-doce; a torta de cogumelos shiitake com frango e legumes; os gnocchi de ricota e espinafre; e o salmão poché com molho de ervas e pistache.
Sanduíches rápidos (como de presunto cru, mozzarella de búfala, rúcula e tomate seco no pão ciabatta); sobremesa de maçã cozida em vinho tinto com sorvete de canela; um drinque de fim de tarde ou uma parada para o café são também motivos para ir ao Café V, uma novidade a ser visitada.

Ligue para Folha Informações Ilustrada (0900 78-0311) e ouça outras sugestões de restaurantes em São Paulo. O serviço custa R$ 2 em todo o país

Texto Anterior: Amadores têm sua vez
Próximo Texto: Café V
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.