São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Jovens britânicas fumam mais

IGOR GIELOW
DE LONDRES

A política antitabagista do governo britânico não vai conseguir atingir as metas previstas para o ano 2000, mesmo com a legislação agressiva e os US$ 19 milhões gastos anualmente no setor.
A previsão do programa "Saúde da Nação", de 1992, era chegar ao próximo milênio com 20% da população adulta fumando. Hoje, a porcentagem é de 30% e caiu um ponto percentual no último ano.
Morrem no Reino Unido 110 mil pessoas por ano de doenças relacionadas com o fumo, um sexto do total de mortes. O tabagismo é a maior causa evitável de doenças no país, tendo também provocado gasto de US$ 900 milhões com tratamentos na rede pública em 95.
A principal frente do governo é a propaganda. Toda a publicidade de cigarro em televisão e rádio é proibida e a veiculação de anúncios em cartazes a menos de 200 metros de escolas é vetada.
O público feminino jovem é um dos alvos do governo. Hoje, 26% das adolescentes britânicas com 15 anos fumam -contra 29% dos garotos. Revistas para esse público têm propaganda de cigarro vetada.
A veiculação dos anúncios em frente a lojas é alvo de polêmica. Associações de lojistas querem rediscutir o prazo, até o fim de 96, para retirar cartazes de cigarro.
Em relação ao consumo de cigarros, a lei é mais tolerante.
Com exceção de hospitais e meios de transporte, todos os lugares considerados públicos podem ter áreas para fumantes.

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