São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Poupança poderá render mais que FIFs

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

A poupança certamente deixará a lanterna no ranking das aplicações financeiras até o final deste ano -sem contar, é óbvio, os fundos de curto prazo, que não chegam a ser investimento.
Projeções indicam, entretanto, que as cadernetas poderão se tornar quase imbatíveis frente a muitos Fundos de Investimento Financeiro (FIFs), até mesmo os de 60 dias, caso as taxas de administração cobradas pelos bancos não caiam drasticamente.
A recuperação da rentabilidade da poupança frente a seus concorrentes -fundos e CDBs- teve início neste mês, com o primeiro corte no redutor da TR (Taxa Referencial de juros). Caiu de 1,30% para 1,25%.
Mas, por enquanto, o efeito foi nulo. Tomando por base a média ponderada dos CDBs para o dia 1º, refletida na Taxa Financeira Básica, a TBF, a distância até subiu.
Efeito lento
Em junho, mês fechado, a TR equivaleu a 33,47% da TBF, e a poupança, a 71,80% da TBF líquida, ou seja, considerando o Imposto de Renda de 15% sobre o rendimento bruto. A caderneta, como se sabe, é isenta.
A partir de agosto, com redutor de 1,20% e nova queda gradual dos juros primários da economia (Selic e CDI), começa a reação da TR e mais ainda da poupança. Para se chegar à TR, aplica-se um redutor à TBF. Mas a poupança recebe TR mais 0,5%, o que neutraliza um pouco o efeito do redutor quando os juros caem (ver outro texto nesta página).

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