São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Taxas de administração pesam

DA REDAÇÃO

Com a recuperação da poupança prevista para o final do ano, há bancos preocupados com o desequilíbrio que sua maior rentabilidade (relativa) tende a provocar no mercado financeiro.
Em dezembro, com CDI e TBF em 1,60%, a poupança poderá estar rendendo igual a um FIF de 60 dias com taxa de administração de 1,50% ao ano, considerada baixa, prevê uma instituição que simulou vários cenários até o final do ano.
Já em novembro, fundos de 30 dias poderão render menos do que a poupança. Se os juros caírem menos que o previsto, a competitividade da poupança será maior.
O diferencial dos fundos serão as taxas de administração, que variam muito hoje em dia. Em geral, são mais elevadas nos bancos de varejo (grande clientela) e mais baixas nos de atacado (menos clientes, mas com maior poder aquisitivo, na média).
Ainda há bancos que administram fundos cobrando taxas de administração de 4% e até 6% ao ano, mesmo nos FIFs de 30 e de 60 dias, o que será inviável no final do ano.
Nos fundos de curto prazo em geral cobra-se mais, com o argumento de que o custo operacional é maior, em função da liquidez.
Com as previsões que estão sendo feitas, e confirmada a redução dos juros básicos para a faixa de 1,60% até dezembro, os fundos, principalmente os dos bancos de varejo, serão obrigados a cobrar bem menos pela administração para conseguirem competir com a caderneta de poupança.

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