São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estreitamento de taxas é visto como uma distorção

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Executivos financeiros não acham positivo afunilar as taxas da poupança e de outras aplicações.
Para Joaquim Elói Cirne de Toledo, professor da FEA-USP e vice-presidente da Nossa Caixa Nosso Banco, foi um erro atrelar a poupança à TR. Ele entende que o indexador nas duas pontas do setor deveria ser índice de preços.
O economista não vê lógica em igualar as taxas de várias aplicações, como se prevê para fundos e poupança. "Se tudo rende quase a mesma taxa, por que vários produtos?" -indaga.
Fábio de Araújo Nogueira, diretor do Banco de Boston, defende, como Elói, a segmentação do mercado, com várias opções aos investidores. É um erro, segundo ele, insistir em tornar a poupança bem mais rentável.
A tese de Nogueira é a de que a poupança deveria receber mais incentivo fiscal, além da isenção do Imposto de Renda no saque. Por exemplo, alguma dedução na declaração anual do IR, com base no saldo médio anual do poupador.
Alexandre Zakia, do BBA Creditanstalt, não acha que a reação da rentabilidade da poupança no final do ano será desastrosa para os fundos. Admite, entretanto, que muitos bancos terão mesmo de rever suas taxas de administração.
No mercado já há grande segmentação de produtos, diz ele. Muitos fundos oferecem rentabilidades bem mais altas, embora carreguem também alguma dose de risco, pois operam com derivativos (mercados futuros).
(GJC)

Texto Anterior: Entenda o "achatamento" da caderneta
Próximo Texto: Poupança rende menos nos EUA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.