São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Saber aproveitar
TELÊ SANTANA É justa a reivindicação do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, que está propondo a mudança na contagem do tempo de trabalho dos jogadores para a aposentadoria.A carreira de jogador acaba muito cedo e se torna desvantajosa em muitos aspectos. Ela merece tratamento diferenciado. É muito difícil se aposentar como jogador de futebol profissional. Eu sou aposentado, mas, para isso, foram levados em conta os anos em que trabalhei antes de me tornar jogador e os anos em que trabalhei como treinador. Quem decide ser jogador, acaba ficando sem muitas opções. Logo ele acaba largando os estudos porque não tem tempo de se dedicar. Isso vai pesar quando ele parar de jogar e não tiver outra coisa para fazer. É por isso que eu digo que o atleta tem que saber aplicar muito bem o que ele ganha no auge da carreira. No começo, o dinheiro até que entra muito fácil. O duro é administrar. É por isso que procuro orientar aqueles que necessitam, mas, muitas vezes, não sou compreendido. * Fiquei sabendo que o orçamento para o Ministério dos Esportes foi reduzido de R$ 60 milhões para R$ 25 milhões. Sem entrar no mérito da questão, acho que deve-se olhar com mais carinho para o esporte. Ninguém tem projetado melhor o nome do país do que os esportistas, em diversas modalidades. Não é por acaso que o brasileiro mais conhecido do mundo é uma pessoa do esporte: Pelé. * Tenho acompanhado os jogos preparatórios das equipes para o Campeonato Brasileiro. Todos estão se reforçando e o torneio promete ser muito equilibrado. Não se vê um time muito superior, como foi o Palmeiras no primeiro semestre. O Palmeiras perdeu alguns jogadores importantes e se enfraqueceu. O time tem que tomar cuidado para não seguir o São Paulo, que vendeu seus principais jogadores e, até hoje, enfrenta dificuldades para formar uma grande equipe. Texto Anterior: Aparecer nua é maior dilema Próximo Texto: Doohan luta por 5ª vitória consecutiva Índice |
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