São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Domingo do fartão
JUCA KFOURI O paulistano que gosta de uma bola rolando passará um domingo catando atrações em outras plagas. Na capital, nada.Tem jogos importantes pelos desimportantes campeonatos estaduais ainda em andamento -estaduais tão sem importância como os já decididos, diga-se de passagem, para que ninguém veja bairrismo na constatação. E tem o começo da decisão da segundona paulista, vital para os quatro envolvidos. E só para eles, que, no ano que vem, querem estar mais perto da falência na primeirona. * É curiosa a situação dos clubes paulistas. Todos se queixam, mas não fazem nada para mudar, ao contrário: acabam de avalizar a permanência de Eduardo Farah na FPF. Envolvido em mais uma série de denúncias, desta vez por parte de "A Gazeta Esportiva", o cartola usou do mesmo expediente de ocasiões anteriores: encenou a saída para ter o endosso. Obteve. Maior demonstração de que todos estão contentes com a situação é impossível, provavelmente porque os cofres dos clubes são secundários diante da prioridade que cada um dá ao próprio bolso. Ou, então, estamos todos malucos, e os cartolas são masoquistas, gostam de sofrer com a penúria que vivem anunciando. Ou vivem para enrolar a torcida e disfarçar sua incompetência. * Como ainda não recebeu do Barcelona pela venda do passe de Giovanni, o Santos também ainda não depositou na CBF o 1% de lei para o fundo de amparo dos atletas profissionais. * Pelé esteve com o presidente FHC e com o ministro da Justiça, Nélson Jobim, na quinta-feira. Os três estão de acordo que o passe tem de acabar. Não se sabe, por enquanto, como farão para sacramentar a Lei Áurea do jogador de futebol, que mexe menos com as finanças dos clubes e mais com a dos cartolas. * Não é nada não é nada o simples fato de a IMG ter tornado pública sua oferta à Fifa para obter os direitos da Copa de 2002 obrigou a concorrência a pagar incomparavelmente mais do que vinha pagando até hoje. A casa do US$ 1 bilhão ficou para trás. Nada como a transparência. * Que a Justiça divina absolva um de nossos mais notáveis alagoanos, o técnico Zagallo, do crime contra Romário. Texto Anterior: Os pré-pênaltis 1; Os pré-pênaltis 2; A ascensão de Braun Próximo Texto: Seleção brasileira reprova a morte súbita em Atlanta Índice |
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