São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Seleção brasileira reprova a morte súbita em Atlanta Jogadores desconheciam novidade no regulamento da Olimpíada MÁRIO MAGALHÃES
Em caso de empate no tempo normal, haverá prorrogação com "morte súbita" nas quartas-de-final, semifinais, final e decisão pelo terceiro lugar. Os atletas ouvidos pela Folha desconheciam a existência da "morte súbita" no regulamento. Agora, a Fifa designa o mecanismo como "gol de ouro", expressão menos dramática que valoriza o vencedor da prorrogação, e não o perdedor. Na "morte súbita", ganha o time que faz o primeiro gol na prorrogação. O jogo acaba. Na Olimpíada, se a prorrogação for 0 a 0, haverá pênaltis. A seleção alemã conquistou a Eurocopa, no mês passado, ao derrotar a República Tcheca com um "gol de ouro" do atacante Bierhoff. Coincidentemente, o sistema teria sido inventado na década de 30, na Alemanha, durante o governo nazista de Adolf Hitler. O meia defensivo Zé Elias disse considerar ruim a "morte súbita". Antes, o time que sofria o gol tinha chance de se recuperar até o fim da prorrogação. "As equipes vão se arriscar menos", afirmou Zé Elias. "O coração vai bater mais forte e a emoção vai crescer." Ele jogou com "morte súbita" há alguns anos, em partidas de futebol de salão. O atacante Luizão já participou de um torneio com "gol de ouro". Mas não disputou prorrogação. "É um pouco mais nervoso". A defesa solitária do sistema foi feita pelo meia defensivo Amaral, que o conheceu em peladas. É o chamado "quem fizer ganha". " 'Morte súbita'? É duro, hein! Aguenta, coração! As equipes vão se prender mais atrás. Mas acho legal, vai haver mais emoção." LEIA MAIS sobre a seleção brasileira à pág. 4-4 Texto Anterior: Domingo do fartão Próximo Texto: Fãs berram 'gostoso' em treino Índice |
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