São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996 |
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Prefeito eleito planeja frente anti-Menem
DANIEL BRAMATTI
A vitória de Fernando de la Rúa, da UCR (União Cívica Radical), desatou uma caça às bruxas no Partido Justicialista (peronista), do presidente Carlos Menem. Aliados de Menem apontaram o ministro da Economia, Domingo Cavallo, como principal culpado pela derrota -supostamente causada pelo aumento do desemprego anunciado 48 horas antes. Para o prefeito eleito, que liderava as pesquisas desde abril, o eleitorado não demonstrou um rechaço a Cavallo, mas ao menemismo. De cada dez votos válidos, oito foram para a oposição. Requisitado para reuniões e homenagens desde que venceu, De la Rúa adiou por três vezes a entrevista prometida à Folha, até que a concedeu anteontem. A seguir, os principais trechos. Folha - O sr. concorda com a análise de que a política econômica causou a derrota peronista? Fernando de la Rúa - Isso é só uma parte. Eles esquecem de que foi um rechaço às más administrações da cidade, aos prefeitos nomeados por Menem. É também um rechaço à política de esquecer o povo, de deixar o povo de lado. Folha - O sr. se refere ao problema do desemprego? Folha - Muitos apontam o ministro Domingo Cavallo como principal responsável pela derrota. Folha - Se os rumos da economia não mudam, aumentam as chances de vitória da oposição nas eleições presidenciais de 1999? Folha - A oposição pode formar uma frente anti-Menem em 1999? Folha - Como o sr. vê os últimos movimentos do ex-presidente Raúl Alfonsín para voltar à cena política? Analistas dizem que ele quer disputar a Presidência. Folha - O sr. quer se candidatar à Presidência? Próximo Texto: Uso da máquina contaminou a eleição Índice |
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