São Paulo, domingo, 7 de julho de 1996
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Aidética de 'Taxista' comove pai de atriz

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

A performance da atriz Marcela Altberg na novela "Antonio Alves, Taxista" deixou de ser assistida por um espectador muito especial desde que sua personagem, Laura Cunha, foi mostrada como portadora do vírus da Aids.
"Meu pai sai da sala ou troca de canal quando apareço chorando ou sofrendo por causa da doença. Ele não aguenta", conta Marcela. Apesar disso, a atriz, de 23 anos, está aprovando a experiência: "É muito bom poder levar a questão da Aids a um público de novela, que normalmente não tem acesso a esse tipo de assunto". Ela também acha positivo o fato de mostrar uma mulher com Aids. "Isso ajuda a acabar com a noção de que só os homossexuais são atingidos". Na novela, Laura se separa do marido por saber que ele é homossexual.
Marcela começou a gravar a novela sem saber que a personagem teria esse destino. "Tive pouquíssimo tempo para me preparar. A doença não constava da sinopse da novela. Foi uma surpresa total."
A atriz também não sabe se Laura Cunha vai morrer ou não, ainda que desconfie de um desfecho trágico. "Ela já está com manchas na pele", afirma.
O suspense, por enquanto, está mantido. No capítulo da última terça-feira, Laura comemorava os mais recentes avanços da medicina na luta contra o vírus.

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