São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo estuda programa de socorro aos bancos estaduais

Loyola afirma que medidas de ajuda ainda estão em discussão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, disse ontem que o governo ainda não definiu os limites e as condições dos financiamentos que poderão ser dados aos Estados por meio do programa de ajuda aos bancos estaduais.
O texto da MP (medida provisória) que cria o programa de socorro aos bancos estaduais ainda não está pronto. Loyola afirmou que são medidas muito complexas e que ainda estão sendo discutidas pela equipe econômica.
Uma das preocupações do governo é estabelecer garantias de que os Estados vão cumprir o que ficar acertado com a União. O programa deverá ter pelo menos quatro tipo de soluções.
Programa
O programa não será obrigatório. Cada governador poderá escolher ou não a proposta que considera melhor para seu banco. Privatização e liquidação são as opções preferidas pelo governo federal.
O banco estadual poderá ainda ser transformado em agência de desenvolvimento ou mantido pelo Estado, desde que o governador pague pelo menos metade da dívida com bens ou dinheiro -a chamada "solução Banespa".
O governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira (PDT), disse que a privatização do banco do seu Estado foi acertada no ano passado, quando o Estado aderiu ao programa de ajuste fiscal elaborado pelo Ministério da Fazenda.
O governador afirmou que não pretende usar recursos do programa de socorro aos bancos estaduais em elaboração pelo governo. O governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), manifestou a mesma posição.
A Folha apurou que o Tesouro Nacional deve financiar até 100% das despesas dos Estados que resolverem liquidar seus bancos estaduais. Nesse caso, a principal despesa são os gastos com pessoal.

Texto Anterior: Ministério Público recebe relatório do BC
Próximo Texto: Comissão aprova pedido para SP emitir R$ 604 mi em títulos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.