São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
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PF quer retomar investigação sobre caso

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal irá retomar as investigações da morte de Paulo César Farias e de Suzana Marcolino.
A decisão foi tomada após encontro do delegado da PF Pedro Berwanger, conhecido como "cão farejador", com o legista da Unicamp (Universidade de Campinas) Fortunato Badan Palhares, que também examina o caso.
Na semana passada, Berwanger havia dito em Alagoas que sua missão estava cumprida e que as investigações só seriam retomadas se surgissem novidades no laudo preparado por Badan Palhares.
Segundo a PF, Berwanger e o legista concluíram, após o encontro de ontem em Campinas (SP), que seriam necessárias novas diligências para esclarecer o caso.
Fatos novos
Após deixar Maceió na semana passada, o legista disse que a exumação dos corpos do casal havia levantado fatos novos que poderiam mudar o rumo do caso. Ele não revelou quais eram esses fatos.
A retomada das investigações irá provocar o adiamento da entrega do relatório de Berwanger para o superintendente da PF, Vicente Chelotti, prevista inicialmente para a próxima segunda-feira.
O delegado e o legista não divulgaram as dúvidas sobre o caso nem as diligências que serão realizadas.
As novas investigações serão feitas, a princípio, pelos agentes da PF em Alagoas, sob o comando do superintendente Bergson Toledo.
Ainda não está definido se Berwanger irá participar das investigações em Maceió ou se continuará acompanhando o trabalho por telefone, no Rio de Janeiro.
Unicamp
A Unicamp concluiu a primeira fase das análises sobre as circunstâncias em que morreram PC e Suzana.
Badan Palhares informou, através da assessoria da universidade, que definições conclusivas serão apresentadas até o final do mês.
Entre os exames apresentados a Pedro Berwanger constam amostras dos exames de residografia para detectar resíduos de pólvora ou fragmentos metálicos nas roupas trazidas de Maceió.
Também foram feitos exames em amostras da pele de PC Farias e Suzana Marcolino e objetos coletados no local do crime. Também foram feitas microscopias de varredura com o objetivo de encontrar impressões digitais no material.
Em Campinas, o delegado Berwanger e Palhares ficaram reunidos a portas fechadas por 45 minutos e, ao final, não deram declarações à imprensa.

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